quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Talves

Fazia anos que não o via, e por vezes, desejei vê-lo outra vez saber se a vida tinha mesmo mudado.
Mas ao sair de casa hoje não imaginei o que iria acontecer.
Sai pensativa, anciosa por ver gente diferente andando pelas calçadas, pegar um ônibus sem saber pra onde ir matar um tempo até as 16h, era inicio da tarde e tudo o que eu precisava depois do que aconteceu era de paz pra pensar.
Peguei uma micro e quem era o motorista? Ele.
Não que coração tenha disparado, ou que isso seja lá grande coisa, mas rever alguém querido assim depois de longos anos do nada dentro de um ônibus não é de se esperar.
Mas eu preferia não o ter encontrado.
Assim que desci da micro (sem trocar nenhuma palavra durante o trajeto mesmo tendo sentado bem atrás dele) a micro parou na sinaleira e um mega ônibus da Transcal bateu na traseira da micro e fez um baita estrago.
Bateu vontade de voltar e ver se ele tava bem, sei lá, mas nem a cabeça nem o momento eram prórios, ele viu que me assustei e sem dizer uma só palavra fez um sinal de tudo bem com as mãos e telefonou pra alguém, socorro sei lá.
Deu uma pena. E a euforia de tê-lo visto passou.
Ficou a certeza de que realmente o passado ficou pra trás e não ficou nem uma pontinha de algum sentimento bom entre agente.
Resta a certeza de que a vida tá passando e o que eu tô vivendo agora vale muito mais a pena, mesmo eu não sabendo exatamente o que eu tô vivendo com meu maldito dos olhos verdes.

Minha cabeça acordou hoje com dúvidas, medos e sem muita certeza de nada.
Hoje voltei a me sentir Josi de verdade. Isso me assusta um pouco confesso.
E resolvi mudar conceitos antigos de pessoas e atitudes que eu sempre achei serem super heróis, sempre achei que fariam tudo pra realmente me fazer bem e feliz, me ajudar a mudar meus pontos fracos, melhorar em mim o que eu sozinha talves não conseguiria.
Mas hoje tenho certeza de que não se pode ter certeza de nada e.... principalmente de ninguém.

Talves amanhã eu volte aqui e apague tudo, talves pessoas me procurem apavoradas, talves o maldito sinta ciumes, talves eu me arrependa de ter saido de casa.
Mas é bom sentir o "talves" do que ficar sentindo "se eu tivesse...".

Hoje tô chateada porém meu humor fica maravilhosamente sínico e sarcástico quando me sinto assim.
Decidi tomar uma cervejinha, um chopp sei lá. Vou ver o que falar com o maldito e ir pra uma mesa de bar rir um pouco.

Tenho que sair agora to numa lan gastando os minutinhos antes de ir até o cartório assinar o contrato do aluguel do meu novo muquifinho, talves (de novo talves) isso até mude meu humor pra melhor. E eu amanhã apague isso aqui.

Té amanhã amiguinhos....

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