Quando se tem muitas folhas na mão, agente as enrola, coloca em uma pasta, pra não amassar, não perder, não deixar voar. Quando se tem uma agenda super lotada (tipo a minha) vou enchendo de clips coloridos pras coisas não sairem do lugar.
Lá em casa quando minhas roupas se acumulam no sofá do quarto, eu jogo elas dentro do armário pra fechar a porta e esquecer (até o momento de abrir o armário) que preciso dobrar. Os copos vão se empilhando na pia... os shampoos no chão do box... e vou deixando a bagunça tomar conta... ou melhor vou tapando a bagunça, fechando portas, gavetas, enfiando coisas... tirando outras. Até que uma hora as coisas se ajeitam, vou tapando buracos.
O certo é que com a vida não dá pra tapar furos, quando se está mal, o máximo que se faz é abrir um sorriso estilo amarelo e fechar os olhos, quando se tem dores, um paracetamol e cara amarrada até que passe, quando o coração tá doendo, se espera o tempo.... até que passe, se ajeite.
Ontem eu estava assim, confusa, chateada, brava, e com vontade de partir pra dentro de um armário onde ninguém iria me avistar. Ou enfiar a cabeça em um buraco na rua e fazer de conta que meu corpo era invisível. É foi só vontade, porque esse tipo de coisa não se faz, não dá pra fazer de conta que não aconteceu. (até porque no meu armário tem tanta bujiganga que eu não ia caber... af).
Só sei que meu coração anda batendo descompassado por um certo alguém que perturba ao mesmo tempo que acalanta, que judia ao mesmo tempo me faz bem. Eu tô mais uma vez vendo a vida cor de rosa e isso pode ser perigoso pro meu orgulho.
Bom... vou deixar em meias palavras o que só a mim cabe. E tratar de arrumar o armário quando chegar do trabalho... ou não. Não sei.
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